Docente do Programa de Pós-graduação em Educação, Área de concentração de Educação Matemática - FE/Unicamp.
Co-fundadora do PraPeM, coordenou o grupo em 2000 e 2003, sendo o seu atual coordenador.
Formação:
Bacharel e Licenciada em Matemática - PUCSP (1970)
Mestre em Educação - FE/Unicamp (1989)
Doutora em Educação - FE/Unicamp (1995)
Trajetória profissional:
Comecei a dar aulas de Matemática, nas oito séries do Ensino Fundamental, antes de concluir a graduação. Naquele tempo não havia escolha, tínhamos que nos licenciar e concluir o Bacharelado... Concluí minha graduação na PUC-SP em 1970.
Já antes de me graduar dava aulas de Matemática nas séries iniciais e nas finais do Ensino Fundamental. Tentei uma rápida investida – de uns dois anos – nas áreas de Estatística e Computação e em um pós-graduação em Matemática “pura”, mas logo decidi pela atuação na Educação Matemática.
Avaliava que era uma opção profissional pela docência, mas sempre busquei participar de grupos de estudo (ou já seriam de pesquisa?) devido a minha insatisfação com o ensino que vinha desenvolvendo. A solução tida como hegemônica – o chamado “estudo dirigido” – não envolvia meus alunos da periferia da cidade de São Paulo no complexo simbolismo da Matemática Moderna... Busquei no trabalho da Funbec (Fundação Brasileira para o Desenvolvimento do Ensino de Ciências) respostas que imaginava universais para minhas inquietações.
Considero, agora, que esta busca já era um germe de investigação... Tanto que quando me deparei perante com as “ seis etapas para a aprendizagem da Matemática” apresentadas pelo Dienes passei a propor alterações curriculares nesta perspectiva. A relação da Matemática com as outras áreas de conhecimento não apareciam na teoria do professor húngaro e eu tinha um sentimento de “infidelidade” quando propunha aos meus alunos atividades em outra perspectiva. Assim mesmo, continuei estudando e conheci a teoria vygotskyana na qual tenho encontrado fortes – não únicos – aportes teórico-metodológicos para meus trabalhos atuais.
Rapidamente percebi que estas alterações deveriam ser socializadas em textos escritos para que fossem divulgadas. Busquei o apoio da academia numa outra tentativa de mestrado em Psicologia da Aprendizagem. Não escrevi a dissertação na época. Considero atualmente que os texto que produzi ou eram “didáticos” (diretamente dirigidos aos alunos) ou “ingênuos” (sem a preocupação do rigor acadêmico).
Desde muito cedo, já na época da Funbec, dediquei-me ao Ensino Superior, sem abandonar o trabalho na Escola Básica. Mas esse trabalho não me suscitava pesquisa no sentido estrito-senso do termo. As atividades que desenvolvemos no Cem (Centro de Educação Matemática) me satisfaziam quanto às questões de divulgação de nossas propostas pedagógicas, mas não do aprofundamento teórico mais organizado academicamente.
Voltei à academia para concluir o mestrado. Minha dissertação, defendida em 1989, é sobre concepções de Matemática de professoras das séries iniciais. Não chamaria atualmente as idéias expressas nas entrevistas de concepções, não são sistematizadas a este ponto...
Fui aceita no doutorado imediatamente após a conclusão do mestrado e trazia uma insatisfação de a minha investigação ter me afastado das questões diretamente de sala de aula. Mudei de tema, trabalhei com Educação Matemática de Jovens e Adultos, área a qual atribuí a sigla Emja. Concluí o doutorado em 1995.
Linhas de pesquisa:
Atualmente tenho a sala de aula como lócus fundamental das pesquisas que desenvolvo, tenho estudado o discurso em Educação, nas aulas de Matemática. Algumas questões vindas da Sociologia têm me levado ao Ensino de Estatística em Emja ou não. Em ambos os casos a perspectiva histórico-cultural de Vygotsky e Bakhtin tem fornecido aportes importantes para nossos trabalhos.
Sub-grupos sob sua coordenação:GEDELF E-mail: dione@unicamp.br Lattes: online