Banteses - Teses e Dissertações
O desenvolvimento da competência no uso da linguagem de programação LOGO foi analisada quanto a: 1) Estilos de programação; 2) Uso dos comandos de giro da Tartaruga; e 3) Reações dos sujeitos frente a falhas de programação. A fim de observar variações no desempenho, tomou-se dois níveis de Instrução Escolar/Idade (7ª série/13 anos e 2º ano/16 anos) combinados com dois níveis de Horas de Treino na linguagem (15 e 30 horas), havendo 8 sujeitos em cada grupo.
Avaliou-se ainda, a influência de LOGO sobre o desenvolvimento do conceito de ângulo, comparando-se os 32 sujeitos do estudo anterior a 52 colegas de classe sem treino na linguagem.
Os resultados sugerem que:
a) Embora capazes de produzir complexos resultados gráficos, os estilos de programação em LOGO foram fortemente marcados pelo uso de rotinas pouco sofisticadas.
b) Há três níveis de desenvolvimento no uso dos comandos de giro: 1. Rotulação de Linhas e Ângulos; 2. Tipos Intermediários; 3. Coordenação Aditiva de Ângulos. Teoremas de Giro nestes níveis causam transformações na "Geometria da Tartaruga" (Aberlson & di Sessa, 1985) através de "GEOMETRIAS EM AÇ O", que atuam semelhantemente a "Teoremas-em-ação" (Vergnaud; 1982, 1983, 1984).
c) Contradições dos Teoremas de Giro durante a depuração de programas não estimulam os sujeitos a usarem estratégias mais sofisficadas que a de Rotulação (Nível 1), sugerindo que o conflito não é condição suficiente de progresso.
d) O conceito de ângulo experienciado em LOGO é generalizável para outras situações, possivelmente pelo fato de ser um instrumento de desenho, e não um objeto de estudo como no currículo escolar.
Este estudo procura investigar a ideologia subjacente a alguns discursos sobre educação matemática. A partir disso procura encontrar alguns fundamentos pedagógicos para uma visão crítica de educação matemática.
Entrevistou para isso, seis educadores-pesquisadores da área, apresentando a questão base: "o que é isso a educação matemática?". Os depoimentos foram analisados sob uma abordagem fenomenológico-hermenêutica que consistia da busca de seus invariantes: visão do ensino tradicional da matemática; posição anti-formalista; necessidade do ensino ligado à realidade; construção da matemática; inserção da matemática na sociedade; a importância do uso da história da matemática; e legitimação social da educação matemática. Ao final do estudo, a autora realiza uma reflexão sobre sua trajetória de estudante e de professora apresentando, então, seu modo de perceber a educação matemática. (Resumo elaborado por Dario Fiorentini).
Este estudo procura discutir as diversas perspectivas pedagógicas da Resolução de Problemas (RP) na prática educativa. Antes disso, porém, discute o que vem a ser um "problema", tanto no plano pedagógico como no âmbito da evolução histórica da matemática e faz um estudo histórico-bibliográfico sobre a RP, focalizando três aspectos básicos: (1) a visão histórico-filosófica da RP que vai desde a Grécia Antiga com Papus até os dias de hoje com Lakatos; (2) a visão dos principais programas internacionais de treinamento em RP, realizados entre as décadas de 30 e 70; (3) uma rápida revisão de algumas pesquisas realizadas internacionalmente, envolvendo a RP na prática educativa. Quanto às perspectivas pedagógicas da RP, a autora realiza um ensaio no qual identifica e analisa três perspectivas diferentes: RP como conteúdo técnico; RP como aplicação de conteúdos; e RP como um meio de ensinar matemática.
(Resumo elaborado por Dario Fiorentini)
Muitas experiências tem sido realizadas com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino destinado a estudantes trabalhadores, através da utilização do conheicmento que esses estudantes já dominam, no processo de ensino-aprendizagem. Mas, contrariamente a esse objetivo estabelecido, o que tem ocorrido nessas experiências, é justamente um rebaixamento o nível de ensino.
A hipótese de trabalho desta dissertação é a de que esse rebaixamento tem como uma de suas causas, a dicotomia que se estabelece entre o conhecimento prévio do aluno e o saber escolar no processo pedagógico. Essa dicotomia está relacionada tanto à visão estática e segmentada que o educador tem do conhecimento sistematizado, quanto à forma estanque e fragmentária através da qual esse conhecimento é ensinado. A lógica dicotômica que dirige a ação pedagógica levada a efeito nessas experiências, faz com que o educador considere ou o conhecimento prévio do aluno ou o saber escolar que ele não domina mas precisa dominar. As tentativas de superação da mencionada dicotomia tem, em geral, acarretado uma mera justaposição desses conhecimentos por não estabelecerem uma relação interna e orgânica entre um e outro. Esse problema é analisado nesta dissertação, tomando-se como ponto de partida sua manifestação ou prática pedagógica do Projeto de Reestruturação Técnico-Administrativa do Ensino de 1º e 2º graus da Rede Estadual - Período Noturno, em uma escola em São Carlos. A partir dessa análise foi desenvolvida uma experiência de ensino de porcentagem no Curso Supletivo de Segundo Grau, função Suplência, onde buscou-se superar a mencionada dicotomia da adoção da dialética (que supera por incorporação a lógica formal) enquanto referencial teórico-metodológico. É analisado um exemplo do processo de ensino-aprendizagem desenvolvido nessa experiência, no qual a lei dialética da negação desempenhou importante papel enquanto guia da superação por incorporação do conhecimento prévio do aluno ao conhecimento escolar.
Neste trabalho o autor apresenta a descrição de resultados de um curso de treinamento de professores de Matemática do 2º grau, vinculados à rede estadual de ensino e em serviço no interior do Estado de Minas Gerais.
O curso, de caráter metodológico, favoreceu a coleta de elementos que permitiram diagnosticar condições de trabalho do professor-aluno.
As atividades compreenderam três fases: duas etapas de curso, realizadas em dois períodos distintos de férias escolares, perfazendo um total de 120 horas-aula, e mais uma fase de viagens a 46 cidades do interior de Minas Gerais, cujo objetivo foi acompanhar o trabalho de 49 professores que concluiram o curso em suas duas etapas.
A primeira etapa do curso compreendeu 3 unidades distribuídas num total de 40 horas-aula, enquanto que, na segunda, foram abordadas mais quatro unidades (80 horas-aula), perfazendo um total de sete unidades. Em cada unidade de um a seis, utilizou-se um pré-teste e um pós-teste, cujos resultados foram interpretados a partir da estatística do teste t de Studant.
A sétima unidade do curso foi dedicada à elaboração de um mini-projeto de ensino de Matemática, que posteriormente foi aplicado e acompanhado na terceira fase, ocasião em que foram observados vários aspectos das condições de trabalho do professor em serviço.
O estudo teve por objetivo verificar os efeitos de dois tipos de recuperação - paralela e interperíodos - sobre o rendimento, em matemática, de alunos da primeira série do segundo grau.
O estudo considerou apenas dois estabelecimentos de ensino do município do Rio de Janeiro e o tratamento foi aplicado durante um semestre letivo. Optou-se por um esquema quase-experimental, tendo em vista que seriam utilizadas classes intactas, não escolhidas randomicamente. No entanto, a não equivalência dos grupos foi parcialmente contornada pelo controle do nível de habilidade numérica dos componentes da bateria DAT, antes do início do tratamento a hipótese foi testada por análise da covariância, tendo os resultados favorecido o grupo experimental, que recebeu recuperação paralela. O cálculo de W2, entretanto, indicou que apenas 6,6% da variância no desempenho dos grupos podia ser atribuída ao tipo de recuperação adotado. Embora os resultados tenham sido favoráveis à recuperação paralela, situação diversa poderia ter ocorrido se tivessem sido controladas outras variáveis como aptidão verbal, tempo de aplicação da recuparação, tipo de metodologia adotado e outras.
Analisa a utilização do ensino por módulos utilizado como reforço de ensino em física e em matemática por alunos da 1ª série do 2º grau da rede de ensino estadual do Rio de Janeiro.
Avalia a utilização dessa metodologia a nível de rendimento dos alunos e relaciona a cosmovisão (tratada em termos de níveis de consciência, segundo Keich - 1970) e à situação sócio-econômica desses alunos (segundo a escala de Quidi e Duarte, 1969). Estabelece a relação entre o rendimento em física e em matemática e: (a) metodologia utilizada; (b) os níveis de
consciência apresentados pelos alunos; (c) classificação sócio-econômica desses alunos.
Apresenta grupos experimentais e de controle em quatro colégios estaduais. Evidencia na relação estabelecida maior rendimento nos grupos considerados globalmente; a predominância em todos os colégios do nível de consciência III; o rendimento obtido em física pelos grupos experimentais em ordem decrescente; o rendimento obtido em matemática pelos grupos experimentais em ordem decrescente; a predominância das classes sócio-econômicas baixa-superior e média inferior em todos os colégios e que os alunos de nível sócio-econômico mais elevado apresentavam maior rendimento, embora não se tenha identificado significativa variação conforme a classe social. Conclui pela validade do reforço do ensino por módulos para situações e clientela semelhantes a este estudo.
Trata-se de um estudo descritivo do ensino da Matemática em uma sala de 1ª série do 1º grau de alunos repetentes. Buscou-se conhecer como o professor conduzia o ensino de Matemática: quais foram os objetivos de ensino em cada aula, como o professor atuou para ensinar aquilo a que se propôs e quais foram os efeitos desta atuação sobre os alunos.
Foram sujeitos do estudo, uma professora (34 anos de idade e 9 de magistério) e 29 alunos (com idade antre 8 e 16 anos tendo, todos, uma ou mais repetências) de uma escola estadual do município de Dourados, Mato Grosso do Sul.
Os dados para análise, coletados através de gravação em 40 aulas, corresponderam às verbalizações da professora (em situação de entrevista e em aulas), complementadas por registros cursivos dos gestos e símbolos gráficos relacionados ao ensino da Matemática e às verbalizações dos alunos (em situação de aula) e, também, o desempenho de doze alunos nos exercícios propostos pela professora.
Os resultados mostraram que a professora, apesar de declarar o ensino de 20 conteúdos como objetivos, deu prioridade às tarefas propostas aos alunos do que aos conteúdos de Matemática propriamente ditos. Além disto, sua ação mais frequente foi a de Perguntar, seguida pela de Informar e de Fornecer modelos e instruções. Os alunos, por sua vez, responderam mais às verbalizações da professora do que perguntaram. Suas respostas, em geral, diziam respeito aos resultados das operações de adição. Houve também, por parte dos alunos, freqüência expressiva de verbalizações manifestando a existência de dúvidas.
Concluiu-se que a atuação da professora na classe de repetentes dirigiu-se, prioritamente, aos mecanismos para realizar operações, deixando de relacioná-las a situações concretas e de focalizar a compreensão do significado dos conceitos matemáticos, ficou claro que o modelo de ensino adotado foi o tradicional no qual a prioridade na 1ª série, é ler, escrever, contar e fazer contas. É possível que os alunos, limitados que foram aos treinos de tarefas, mantenham uma história de repetência.
O estudo focaliza a aprendizagem do conceito de subtração no conjunto dos números naturais (N) e, em particular, do que é chamado de aprendizagem da ligação entre adição e subtração.
O problema de estudo pretende verificar: a) indicadores da dificuldade de ligação entre os conceitos de adição e subtração, segundo diferentes procedimentos pedagógicos; b) em que medida as dificuldades de resolução da subtração, propostas por meio da linguagem verbal se ligam às diferenças na utilização da linguagem matemática específica, especialmente nos aspectos que exigem a compreeȫýgË%úòWF ý²xòÉ ¸ëÃ(ǹ4 ±
mÉ*ç§ Ñ~íÙ-ò7- KÚ®{[c3:[fÅb ÇöÅ'L q²1æáW+ìm dôìg»)Ï#ò cXR,³µ³[pb=ÃÞR¯mé` » TÛ6KIpo de controle foi mais sujeito a erros nas variações decorrentes da aplicação da proposição simétrica da igualdade nas equações a + x = c e c - x = a e além disso foi constatado que o grupo experimental mais frequentemente associou as situações à equação b - a = x; b) para traduzir situações de subtração, a criança usa frequentemente diferentes fórmulas equivalentes à equação a + x = b, principalmente quando as situações são propostas exclusivamente por expressões verbais, sendo observado que entre as formas de equação produzidas, encontram-se aquelas em que o número a ser determinado figura como um termo da diferença ou da soma (a + x = b; b - x = a); ainda foi constatada uma associação bastante evidente entre uma determinada situação e sua representação em linguagem matemática. (Resumo elaborado por Corinta Geraldi)
O estudo tem por objetivo verificar o que efetivamente acontece em sala de aula, quanto ao ensino da Matemática em duas turmas da primeira série do curso primário; uma da escola pública e outra da particular.
Focaliza-se a implementação pelo professor e a participação dos alunos nas noções de conjunto, numeração, operações e problemas.
A observação é o processo de investigação escolhido e a análise de dados fundamenta-se principalmente, na teoria de Jean Piaget.
As conclusões finais deste estudo indicam uma inadequação quanto ao conteúdo teórico-matemático e em relação às capacidades lógico-matemáticas, e insere-se sugestões, quanto ao procedimento em relação ao ensino e à transmissão do conteúdo específico.