Banteses - Teses e Dissertações
Objetivos: Apresentar uma definição do Ensino Modular; provar cientificamente a eficiência dos programas curriculares de Matemática, parametrizados pelos mesmos objetivos instrucionais; comparar o grau de eficiência de dois programas de ensino. Os dois programas de ensino são os seguintes:
A. Um programa para o ensino de Funções, centrados na atividade do aluno e em processos de descoberta, apresentado através de módulos. O grupo de alunos que trabalhou com este programa foi denominado Grupo Experimental (EXP).
B. Um programa equivalente ao anterior, isto é, parametrizado pelos mesmos objetivos instrucionais para o ensino de funções, porém, centrado na exposição do Professor. Este grupo foi denominado Grupo Controle (CONT).
Ambos objetivaram a produção de mudanças no repertório de conhecimentos e nas habilidades intelectuais de uso de procedimentos e processos, compreensão e aplicação como veêm definidos nas taxonomias de objetivos educacionais de Bloom.
Utilizou como instrumento para medida: Teste de caracterização da amostra, Teste de Atitude Minessota para os Professores Grupo EXP e Grupo CONT, Teste de Avaliação dos efeitos dos programas, Pré-teste, Pós-teste, Teste de Atitude dos alunos perante as aulas de Matemática.
Este trabalho tem por objetivo clarear as dificuldades existentes na relação aluno-Matemática. Para isso lançou mão dos pressupostos da pesquisa qualitativa na modalidade do fenômeno situado, cujas raízes se encontram na Fenomenologia. Assim, dentro desta modalidade de pesquisa, buscaram-se as dificuldades da relação aluno-Matemática, analisando-se os depoimentos daqueles que vivenciam tais dificuldades, ou seja, dos próprios alunos.
Inicialmente foi feita uma discussão acerca das possíveis dificuldades, contrapondo-se argumentos a favor e contra. Em seguida, esclarecidos os fundamentos metodológicos da pesquisa, passou-se então à análise propriamente dita dos depoimentos, a qual se compõe da redução fenomenológica, da análise idiográfica e da análise nomotética.
O estudo mostrou que a dificuldade na relação aluno-Matemática está associada:
- à falta de elo entre a linguagem artificial que expressa o conhecimento matemático e o referente matemático, ou seja, as idealidades. A falta de elo é decorrente da dificuldade na construção de ambas, linguagem artificial e idealidades;
- à forma como a Matemática tem sido apresentada aos alunos, ou seja, seguindo a lógica da Matemática, enquanto ciência acabada e formalizada;
- a um preconceito generalizado de que compreender Matemática é um privilégio para poucos, preconceito o qual conduz a resultados negativos baseados no círculo: não gosto/acho difícil.
Por último, procurou-se indicar perspectivas de modos possíveis de trabalhar as conclusões a que o estudo conduziu, no currículo de Matemática de 1º e 2º graus, aproximando-as da vivência educacional.