CEMPEM

Banteses - Teses e Dissertações

NEME, Adla. Condições básicas para a aprendizagem da matemática. 1972. 110p. Tese (Doutorado) - FE-USP, São Paulo. Orientação: Amélia Americano Domingues de Castro

Resumo:

Esta pesquisa procura contrapor a "visão de escola ativa onde impera o ativismo desordenado, impensado, aleatório - da educação das mãos - sem fundamentação científica (fruto apenas de especulações e suposições)" à uma "visão mais científica de aprendizagem, fundamentada na psicologia genética piagetiana, para a qual a ação (atividade) deve ser ordenada, não se restringindo a uma mera associação empírica, mas uma ação que leve o aluno a apreender as relações entre os objetos, abstraindo refletivamente e construindo suas estruturas mentais".
Para enfrentar esse problema, a autora procura, neste trabalho, mostrar as condições básicas para a aprendizagem inicial da matemática e propor um programa (atividades),com base na psicologia genética piagetiana, que favoreçam o desenvolvimento das estruturas mentais das crianças )necessárias à aprendizagem da matemática) no momento de seu ingresso na 1ª série do 1º grau.
Antes de apresentar sugestões e atividades para o período preparatório à aprendizagem da matemática, a autora investiga as condições intelectuais (o nível de desenvolvimento mental) de 131 crianças entre 6 e 7 anos da pré-escola. Para isso, seleciona e adapta 10 provas piagetianas envolvendo consevação, correspondência, seriação e classificação.Os resultados dos testes piagetianos assemelham-se àqueles obtidos por Piaget. Além disso evidenciou também que "as faixas etárias não se estabelecem como limites rígidos do desenvolvimento mental". (Resumo: Dario Fiorentini)


MUXFELDT, Gilberto Martins. p. rospecções sobre o ensino da matemática: análise do Parecer 853/71 do CFE. 1989. 252p. Dissertação ( Mestrado ) - PUC-RS, Porto Alegre. Orientação: Delcia Enricone

Resumo:

Este estudo objetivou investigar (1) se, segundo a opinião dos professores de 8ª série do 1º grau e do 1º ano do 2º grau - tendo como referência o Parecer 853/71 do CFE -, os alunos concluintes da 8ª série são capazes de atingir os "mínimos desejáveis" previstos na legislação em pauta; (2) se dos "conhecimentos relacionados" possuem aplicabilidade prática e (3) se os alunos são capazes de realizar as "atividades previstas" no referido Parecer.
Abordou a problemática a partir do referencial teórico e histórico, o qual indicou que a utilização de conhecimentos matemáticos faz parte das necessidades do dia-a-dia do homem moderno.
O instrumento de coleta de dados foi aplicado a 90 professores-regentes de classes de 1º e 2º graus, em escolas estaduais de Porto Alegre pertencentes à Primeira Delegacia de Ensino, ao final do ano letivo escolar, em dezembro/88.
Os dados foram analisados em três decções com tratamentos estatísticos diferentes:
1ª secção: relativa às variáveis "mínimos desejáveis", "aplicabilidade dos conteúdos" e "atividades" listadas no Parecer 853/71;
2ª secção: relativa à concordância de opinião entre professores do Grupo A (regentes de classes de 8ª série e 1º ano do 2º grau) e professores do Grupo B (formado pelos demais regentes);
3ª secção: relativa a questões gerais sobre o ensino da matemática quanto ao posicionamento comparativo da amostra de professores que fizeram parte da pesquisa.
O estudo apresenta os resultados obtidos em cada secção, sugestões às agências formadoras de profissionais na área de matemática e aos órgãos coordenadores do Sistema Estadual de Ensino. Também apresenta algumas sugestões para futuras pesquisas na área do ensino da matemática. (Resumo: Eliana de Deus Gamarra).


MÜLLER, Maria Cândida. Modelos matemáticos no ensino da matemática. 1986. 130p. Dissertação ( Mestrado ) - DEME-FE- UNICAMP, Campinas. Orientação: Lafayette de Moraes

Resumo:

Neste estudo, desenvolveremos a utilização de modelos matemáticos como estratégias de ensino desta disciplina. Assim, a princípio, estudaremos o que significa o termo modelo, caracterizando-o em dois níveis. Um primeiro, relacionado com a acepção utilizada pela lógica e matemática, apresentando o conceito de um modelo. Um segundo, relacionado com a noção de modelo utilizada pela matemática aplicada e outras ciências possibilitando a caracterização de um modelo matemático. Dedicaremos um capítulo exclusivamente à utilização dos modelos matemáticos no ensino. Apresentando vários exemplos em diversos níveis. Neste capaítulo apresentaremos uma estratégia de ensino que utiliza especificamente os modelos matemáticos.
Finalizando apresentaremos dois exemplos especiais um relacionado com a história da matemática e outro relacionado com a prática em sala de aula.


MÜHL, Vera J. Lourenzi. Uma proposta alternativa para o ensino da "Introdução à Lógica Matemática". 1988. 84p. Dissertação ( Mestrado ) - IMECC-UNICAMP, Campinas. Orientação: Ubiratan D'Ambrósio

Resumo:

Esta dissertação procura sugerir uma forma de trabalhar a iniciação à Lógica Simbólica (matemática), forma essa já experimentada com os alunos da Licenciatura Plena em Ciências que prepara profissionais para atuarem no ensino de Ciências do 1º grau.
Num processo lento de ação e de reflexão sobre o trabalho em sala de aula, chegamos à proposta que ora apresentamos. Descrevemos aqui essa proposta e registramos as conclusões a que chegamos, as quais são os limites ou os alcances do trabalho proposto. Ela se baseia no processo dialético teoria-prática, onde a modelagem é a estratégia que faz com que o aluno tome consciência do seu modo de pensar a realidade.
Este processo dialético, que faz uso da modelagem, está explicitado na descrição do trabalho. Esta dissertação mostra um trabalho que pode ser a atividade normal de qualquer educador, ou seja, reflexão sobre o processo ensino-aprendizagem em sala de aula.


MOURA, Manoel Oriosvaldo de. Uma proposta para uma matemática vivencial. 1983. 179p. Dissertação ( Mestrado ) - IMECC- UNICAMP, Conv. OEA-MEC-PREMEN, Campinas. Orientação: Alejandro Engel Bratter

Resumo:

Este estudo tem os seguintes objetivos: (1) apresentar ao professor uma alternativa que permita utilizar estratégias, criadas ou recriadas por ele, e apresentar e discutir conteúdos em correspondência com seus objetivos; (2) desenvolver um trabalho que favoreça tanto ao educando quanto ao educador; (3) colocar o educando em uma situação ativa de aprendizagem que lhe possibilite vivenciar os conceitos matemáticos e percebê-los como produto das relações do homem com o meio.
A experiência foi realizada em três escolar envolvendo classes de 5ª série. O ponto de partida da proposta metodológica foi um trabalho desenvolvido (escrito) pelo autor no ano anterior.
Num trabalho conjunto com os professores dessas classes foi restruturada a sequência dos conteúdos de 5ª série e preparado um guia de estudo (fichas de estudo) para um trabalho em grupo com os alunos. Os professores, além de aplicar o "guia" participaram conjuntamente da avaliação da experiência, analisando sobretudo o trabalho do professor, as provas dissertativas, o trabalho dos grupos, as auto-avaliações e as estorinhas das crianças sobre o que estudavam,... procurando verificar se os objetivos foram atingidos.
Conclui que: (1) o "guia" é um bom recurso para promover discussões e a participação ativa dos alunos; (2) os professores aprenderam muito com a experiência; (3) o treinamento em serviço é a melhor alternativa para que o professor faça reflexões sobre sua prática. (Resumo: Dario Fiorentini).


MOURA, Anna Regina L. de. Ensino de matemática: uma proposta para orientação de área. 1985. 107p. Dissertação ( Mestrado ) - IMECC-UNICAMP, Conv. OEA-MEC-PREMEN, Campinas. Orientação: Ubiratan D'Ambrosio

Resumo:

O presente trabalho é um relato de como atuamos como orientadores da área de Matemática em uma escola da rede oficial de São Paulo. A partir de reflexões sobre a prática diária do professor, ao militarmos junto a eles, em sala de aula e munidos de uma visão de homem e da sociedade que queremos, estabelecemos uma proposta para o ensino de Matemática.Muita são as alternativas a nós oferecidas para que se promova um melhor ensino. Oferecem-nos os materiais didáticos, propõem-nos renovações curriculares, treinam-nos para que usemos novas estratégias de ensino. Nada disto descartamos, porém, consideramos como o elemento fundamental que unifica estas alternativas isoladas a consciência que o educador deve ter de seu papel na formação do homem. É a partir de seu trabalho como educador que irá imprimir novos rumos ao ato de educar e buscará novos métodos, novas estratégias para educar com a finalidade que se coadune com sua posição ideológica.
Partindo dos problemas enfrentados em sala de aula buscará respostas às situações de aprendizagem do aluno, a cada momento.
A nossa estratégia foi a de acoampanhar com o professor, em sala de aula, o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem de matemática. A cada situação discutia-se, procurando desenvolver no educando-professor a predisposisão para melhor aprender e então, melhor ensinar. Com isto acreditamos estar formando-o para que mais tarde seja ele o multiplicador deste processo.
A nossa experiência desenvolveu-se em uma escola da rede oficial de ensino, a partir de nosso trabalho de orientação para professores de primeira série do Primeiro Grau. Acompanhávamos, na ocasião, a aplicação de um Projeto de Ensino de Matemática. Aqui descrevemos o que chamamos de fases de conscientização dos professores durante o processo de trabalho no qual nos envolvemos. Os resultados a que chegamos, não são definitivos. O que podemos afirmar é que estamos no caminho certo. Caminho este que não terá fim, pois outras inquietações virão e novas alternativas serão buscadas.


MORO, Maria Lucia Faria. Interação social na aprendizagem operatória e iniciação em matemática a partir da teoria de Piaget. 1984. 513p. Tese (Doutorado) - Psic. Educ.PUC-SP, São Paulo. Orientação: Maria Regina Maluf

Resumo:

O estudo compara os efeitos de duas modalidades de exercícios operatórios - para pequenos grupos em situação de interação de crianças e para indivíduos em situação de interação adulto x criança - sobre a construção da quantificação da inclusão e da seriação e sua extensão a conservação de quantidades numéricas. Estuda a existência de relação entre níveis evolutivos em cada noção, após o exercitamento operatório, e rendimento escolar em iniciação em matemática. Justificam-no argumentos teóricos sobre a aprendizagem operatória e argumentação sobre a aplicação pedagógica de descobertas sobre o tema com base na teoria de Piaget. Alunos de uma escola da periferia urbana de Curitiba foram os sujeitos. Os resultados apoiam a proposta de Piaget sobre a relação entre a aprendizagem e o desenvolvimento. As formas de interação examinadas são vistas como necessárias a aprendizagem significativa, e seus efeitos são considerados intercomplementares e não excludentes, mas desde que interajam de modo profiquo com as demais condições necessárias a evolução cognitiva.


MORALLES, Lenise Martha João. Processos de aprendizagem em noções matemáticas - aprendendo como se aprende. 1986. 256p. Dissertação ( Mestrado ) - UFSCar, São Carlos (SP). Orientação: Fermino Sisto

Resumo:

O objetivo desse estudo foi detectar e analisar processos de aprendizagem emergentes em situações de ensino das noções de relação biunívoca e recíproca e conservação de quantidades descontínuas.
Os sujeitos, todos entre 5 e 7 anos, foram selecionados entre os alunos de uma escola particular de São Carlos (SP), classificados, num pré-teste, como não-operadores ou em nível intermediário de operatoriedade das noções em questão.
A cada sujeito foi proporcionada a vivência de experiências de aprendizagem com diversificação de material e procedimentos de ensino. Essas experiências constituiram-se de sessões com duração média de quinze minutos e com número e intervalo de dias variáveis em conformidade com a evolução dos processos dos sujeitos. Quando se percebia progressos na aprendizagem das operações implícitas nas noções, espaçavam-se as sessões à guisa de retestagem. Encerrava-se ou prosseguia-se com o processo de acordo com o desempenho manifestado.
Os processos de aprendizagem possíveis, das noções e suas coordenações foram transcritos e categorizados segundo os critérios de qualidade da aprendizagem; grau de estabilidade-instabilidade nas diferentes fases do processo; continuidade-descontinuidade; resistência às estratégias de ensino e compuseram cinco grupos indicativos de formas e modos possíveis de aprendizagem das noções.
A apreensão de formas comuns de processos e das idiossicrasias fundamentaram a interpretação de que os sujeitos aprendem quando possuem disponibilidades mentais para incorporar as operações implícitas nas noções trabalhadas. As estratégias de ensino, o material, só encontraram ressonância operatória nos sujeitos quando eles tiveram seus esquemas mentais devidamente exercitados para tal, o que determinou as diferenças nas formas de aprendizagem e no tempo necessário para que a aprendizagem ocorresse. Essas diferenças em termos de processos representativos de aprendizagem configuraram umalerta contra procedimentos de ensino que não consideram essa variável e, como tal, reforçam a crença dicotomizante de que existem sujeitos aptos e não-aptos para assimilar os conteúdos matemáticos. Conclui que as diferenças processuais não dicotomizam os sujeitos mas, apenas os classificam quanto aos seus modos de aprender.


MOLINARI, Irio. Um estudo sobre as estratégias de ensino usadas pelos professores do Instituto de Matemática da Universidade Federal Fluminense. 1976. 147p. Dissertação ( Mestrado ) - UFF, Niterói. Orientação: Célia Lúcia Monteiro de Castro.

Resumo:

Este trabalho realiza um estudo sobre as estratégias de ensino usada pelos professores do Instituto de Matemática da Univeridade Federal Fluminense e se divide em duas partes distintas. Na primeira, estabelece um embasamento teórico sobre a metodologia do ensino de matemática. Na segunda, investiga as principais estratégias de ensino usada pelos professores
do Instituto de Matemática.
No embasamento teórico, partiu-se de um resumo sobre a história do curso de matemática. Em seguida o processo de aprendizagem é focalizado nos seus aspectos essenciais e de acordo com as diferentes correntes e teorias. Em continuação tratou-se do processo de instrução, particularizando técnicas essenciais ao ensino de matemática. Na parte final da revisão da literatura, o trabalho analisa mais especificamente, a tecnologia do ensino de matemática e os principais recursos de ensino aplicáveis no curso superior.
A pesquisa procura sondar a atuação didática dos professores do Instituto de Matemática, segundo o embasamento teórico feito na primeira parte. Os dados para a pesquisa foram obtidos através de um questionário, aplicado aos professores dos três departamentos, e tratados mecanicamente pelo computador do Núcleo de Processamento de Dados.
Com base nos resultados obtidos, conclui apresentando algumas proposições para a melhoria da qualidade técnica do ensino, no Instituo de Matemática da EFf Estas proposições referemse a: 1. qualificação docente; 2. formação de professores; 3. melhoria de recursos humanos e materiais anos Departamentos; 4. orientação do educando para o estudo e a pesquisa em matemática.


MIRANDA, Elisabete Maranhão de. Contas de vai-um e pedir emprestado - o que as crianças precisam saber? 1987. . Dissertação ( Mestrado ) - Ufe-Psic. Cognitiva, Recife. Orientação: Terezinha Carraher

Resumo:

Erros sistemáticos nos algoritmos de adição e subtração com reserva refletem a dissociação entre a compreensão do sistema decimal e a sua notação. Segundo Resnick (1984) e Carraher (1985), esta compreensão baseia-se no surgimento do "counting-on" e pode desenvolver-se a partir da manipulação de quantidades nas experiências diárias. Já, o domínio da notação envolve a instrução formal das convenções do valor de lugar e dos cálculos escritos.
Estudou-se a relação entre os conhecimentos matemáticos, anteriores ao ensino da subtração com reserva, e a aprendizagem deste algoritmo.
Foram escolhidas, aleatoriamente, 60 crianças da primeira série do primeiro grau, de escola particular do Recife, as quais foram avaliadas em:
1. Pré-teste: sobre os princípios matemáticos subjacentes ao "empréstimo", segundo Resnick e Imanson (1984) - Composição Aditiva; Convenção do Sistema de Notação; Cálculo de Partição e Conservação do Minuendo.
2. Pós-teste: sobre a aprendizagem das contas com reserva.
Observaram-se as aulas sobre "empréstimo".
Concluiu-se:
- Desempenhos das crianças revelaram dissociações entre procedimentos escritos e conhecimentos matemáticos correspondentes.
- Instrução formal caracterizou-se pela dissociação entre manipulação simbólica e de quantidade.
- Os princípios subjacentes à compreensão do "empréstimo" nem sempre garantiram e, foram necessários para, a aprendizagem do algoritmo.